Balanço do desafio Plastic Free July
E hoje termina o desafio de
Julho Sem Plástico!
Aprendi muita coisa e
sobretudo ganhei mais consciência em relação ao plástico.
Vou levar este desafio para a
vida e melhorar, seguindo os 5 “erres” que abaixo menciono, sendo uma das
ferramentas para caminhar para uma vida de desperdício zero.
Uma coisa simples que alterei
foi a garrafa de água no trabalho. Já tinha deixado de usar os malditos copos
plástico, que por vezes acumulava 2 ou 3 por dia!!!
Passei para a garrafa de água que reutilizei de um chá.
Mas depois de começar o
desafio e realmente perceber os malefícios de reutilizar garrafas de
plástico... Sabia que tinha que fazer algo u r g e n t e m e n t e!
Os copos de plástico era algo
que me estava a incomodar muito antes deste desafio ter surgido e de ter vindo
despertar esta consciência de que posso fazer muito melhor, posso sim reduzir o
meu consumo destas comodidades fúteis e nocivas, que nos habituamos por
preguiça, ignorância do impacto das nossas escolhas.
Assim como os sacos de plástico nos supermercados. Já tinha reduzido, mas mesmo assim...
"Oh esqueci-me do meu
saco de pano..." vezes e vezes sem conta... o que me levava a um consumo
estúpido de sacos de plástico!
Mais uma atitude minha que me
começou a incomodar! Tenho que alterar este comportamento, não está correcto,
posso fazer melhor sendo mais organizada, poupar e ter atitudes conscientes e
benéficas. E assim fiz!
Organizo-me sempre que vou comprar alguma coisa, recuso os sacos e utilizo os meus.
Organizo-me sempre que vou comprar alguma coisa, recuso os sacos e utilizo os meus.
Quando por ventura me falha e
não tenho os meus sacos de pano tamanho pequeno, par a fruta e legumes, compro
só o que preciso para aquele dia e outro e etiqueto tudo individualmente.
Depois junto tudo com cuidado no único saco de pano que tenho.
Sabias que nos últimos 13
anos foi o período em que houve a maior produção e consumo de plástico na Terra
desde o seu aparecimento em 1907. Dá que pensar não é?
O plástico é usado sobretudo
e massivamente em garrafas, garrafões, bandejas de alimentos, folhas rígidas
usadas para embalagem, isolamento eléctrico, tubos de irrigação rolhas,
isolamento de fio, sacos de lixo, sacos de supermercado, sacos de armazenamento
de alimentos…
O plástico acaba sendo
depositado nos Oceanos tendo um impacto nefasto em toda a Vida marítima e não
só, porque a reciclagem não chega a todo o lado. Há países onde não existe!
A maioria dos plásticos não é
biodegradável, fica no nosso planeta por centenas de anos.
O plástico é todo tóxico, uns
mais do que outros.
Há imensos materiais que
podem substituir o consumo de plástico: vidro, cerâmica, inox, madeira...
A reciclagem não é solução: a
redução do consumo de plástico é fundamental para travar este enorme problema.
Dicas para reduzir o
lixo/plástico – os 5 R “Erres”
Recusar - Recusar aquilo que
não necessitamos
Reduzir - Reduzir o que
necessitamos
Reutilizar - Reutilizar
aquilo que consumimos
Reciclagem - Reciclar aquilo
que não conseguimos recusar, reduzir ou reutilizar. Se tiver de adquirir um
produto novo, escolha vidro, metal ou cartão. Evite plástico
Rot - Fazer compostagem
Cada pessoa faz a diferença.
Deixar de usar os sacos para
colocar as frutas, legumes etc. que estão nos supermercados, levando os nossos
sacos de pano; o mesmo para quando se compra o pão.
Para aqueles que ainda
ingerem carne/peixe/marisco podem optar por levar uma “tupperware” de casa e
pedir para colocarem lá.
Optar por produtos
ecológicos/biológicos/comprar a pequenos produtores a granel, usando
os nossos recipientes de vidro para armazenar logo no acto da compra.
Aqueles que reutilizamos do grão, feijão, compotas, etc.
Aqueles que reutilizamos do grão, feijão, compotas, etc.
Além de não haver plástico,
produção de lixo envolvido, é tão mais prático quando é para organizar o
armário/ dispensa!
((Imagem via pinterest))
Se abrirmos os armários onde guardamos as embalagens, quantos de nós não têm ainda embalagens e plásticos?
Atreves-te a contar?
Quantas vezes já te aconteceu
teres bichinhos e ou embalagens rotas que te sujam as prateleiras e que é uma
chatice limpar aquilo tudo?
Por isso é sem dúvida uma
opção super vantajosa. Creio que só quando realmente percebemos a vantagem de
mudar, quer na nossa gestão de tempo, quer na nossa carteira, quer na
libertação que isso nos dá, é que mudamos, aos poucos, mas alteramos
comportamentos inconscientes e negativos.
Outro exemplo cómodo, mas
altamente nocivo: olhem para as etiquetas dos ingredientes dos pães que se
compra num supermercado? Vale a pena comprar aquele produto que só tem químicos
e vem em plástico?
As padarias tradicionais têm
melhor pão e podem comprá-lo sem usar sacos de plástico!
O segredo está na organização
como já mencionei aqui.
Em Lisboa há a loja Maria
Granel, no Porto a Toca do Granel entre outras opções mais conscientes e amigas
do ambiente e da nossa saúde. Há em outros sítios, basta pesquisar.
Nest seguimento e como cereja
no topo do bolo, como não pude ir ao evento Desperdício Zero na Biovilla em
Palmela, fui até à Maria Granel, em Alvalade/Lisboa, par a última conversa das
rubricas Quintas da Maria, no dia 20 de Julho para ouvir a Ana Milhazes Martins
(Ana Go Slowly) , a embaixadora do movimento Zero Waste Portugal falar sobre
este assunto!
É sempre um prazer voltar à
Maria Granel porque não só pela beleza da loja, conceito, mas pela simpatia com
que somos recebidas e pela inspiração que de lá trazemos.
Durante este mês de
consciencialização nem tudo foi fácil, ainda adquiri coisas que vinham
embaladas em plástico, mas também ganhei consciência que em tantas outras posso
dizer não quero o saco quando me oferecem, dizem "é
grátis, este não paga". Continuo com a questão da água engarrafada, porque
não consigo "matar a sede" com a água da torneira. Opto por enquanto
por comprar garrafões e uma ou outra garrafa de vidro. Não é de todo
sustentável, mas estou a fazer o melhor que consigo agora.
Ah! Lembrem-se que as
palhinhas de plástico são uma criação nefasta. Ao contrário do que se pensa, e
eu também pensava assim até há 1 mês atrás, as palhinhas não são recicláveis, e
são feitas de um material que vai durar para sempre no nosso Planeta.
Assim como as escovas de
dentes. Há opções de bambu e madeira completamente biodegradáveis!
As coisas devem ser feitas
com calma e com um passo de cada vez.
Ter esta consciência de que é
preciso sermos donos das nossas acções e responsáveis pelo impacto que têm
levam-nos a adoptar um passo mais positivo a cada dia.
Muitas destes passos, como
usar sacos de pano, mexer o sumo com uma colher ao invés da palhinha,
reutilizar frascos de vidro, etc. já eram feitos pelos nossos avós.
Quem não se lembra dos sacos
de pano ou renda para o pão e afins na casa das nossas avós, bordados à mão,
lindos e duráveis?
O que nos impede de aprender
com as coisas que víamos na nossa infância?
Para terminar deixo-vos aqui
o link do blog da Ana Go Slowly, que tanto inspira nesta caminhada de
Desperdício Zero, viver a vida mais lentamente, mais consciente, mais
minimalista saudável e feliz.
Sejam conscientes, sejam
felizes!
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